DEPOIMENTOS SOBRE O LABORHIS:
Lucas Gomes Nóbrega (Mestre em História, UFPB):
“Eu conheci o Laboratório de Ensino de História (LABORHIS) na condição de discente do curso de História da UFPB ainda no meu primeiro período (2013.1). Na época ele funcionava em dois turnos (tarde/noite), com dois estagiários: Emílio Figueiredo e Lidiana Lima, sendo ambos discentes do curso de História também (depois, em 2015, tivemos como estagiária Valtiqueza Henrique, do curso de Arquivologia e atualmente Maria Eduarda de Ciências Sociais). Naquele momento, destaco o fato de que estávamos no calor dos movimentos estudantis de 2013 e cada vez mais o Movimento “Passe Livre” ganhava força pelo Brasil. Assim, era comum acontecerem assembleias estudantis ou mesas redondas nos auditórios do CCHLA e após o término delas, irmos até o LABORHIS no horário entre 17h-19h para conversamos a respeito das discussões que nos cercavam naquele momento. De modo geral, mesmo existindo na universidade espaços como o Centro de Vivências ou a própria Praça da Alegria, o LABORHIS sempre demonstrou ser um ambiente agregador, um lugar que historicamente reúne os estudantes do curso de História e proporciona um espaço interessante para o desenvolvimento da autonomia intelectual dos discentes. Assim, o LABORHIS permitiu tanto para mim, quanto para várias pessoas, a formação de novas amizades e a possibilidade do entrosamento dos discentes de outros períodos. É importante destacar, por fim, a abundância de materiais disponíveis para os discentes do Curso de História presentes no laboratório. O acervo contém Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), revistas de História da Biblioteca Nacional, livros didáticos de História e estantes com livros de produção acadêmica. Além disso, o laboratório também é constantemente utilizado para exercício de monitoria, reuniões, defesas de monografia, dissertações e sessões de Simpósios Temáticos em congressos em virtude do ambiente climatizado, com computadores com acesso a Internet, uma mesa grande e várias cadeiras para acomodar os seus usuários. Assim, eu reconheço o laboratório como um patrimônio do curso, ao qual todos nós devemos zelar, e tomar conhecimento de sua importância para realizarmos uma fruição consciente do LABORHIS“.
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Victor Braga Gurgel (Mestre em História, UFPB)
“Durante a minha graduação em História (2013-2017), o Laborhis passou por várias mudanças – de estagiário, política interna, e professor responsável, só para citar as principais. Elas também interferiram na maneira como me relacionei com este local. Só passei a frequentá-lo com mais efetividade a partir de 2015, ano em que voltei a estudar pela tarde, ficando com o horário da noite disponível para tanto. Eu e a maioria dos meus colegas de turma costumávamos sempre ir ao Laboratório depois das aulas. Em minha visão, o local era uma válvula de escape dos estresses da graduação. Um ambiente de trocas de experiência. De astral descontraído, era no Laborhis que desabafávamos sobre questões de cunho acadêmico ou pessoal; onde nos sentávamos ao redor da mesa para cantar e tocar violão; onde conhecíamos os nossos colegas de outras turmas, tanto anteriores quanto posteriores à nossa. Quanto a este aspecto, posso afirmar com convicção que foi no Laboratório que estabeleci e mantive contato com a grande maioria de meus colegas de História, tanto da graduação quanto da pós-graduação. Por isso, para mim ele teve uma importância fundamental no meu trato com os outros. Justamente por ser um ambiente sossegado, conseguíamos estabelecer relações mais espontâneas, menos formais, com quem estava ali. Fundamental também foi a estante com os volumes das monografias dos egressos. Incontáveis vezes eu e várias pessoas costumávamos “xeretar” aquela estante, observando os títulos dos trabalhos, os orientadores, tentando imaginar como era a graduação de História nos anos anteriores a partir destes elementos. Os computadores também já “quebraram muitos galhos” meus, bem como a impressora multifuncional: às vezes precisava imprimir ou digitalizar um documento ou um texto com mais urgência, mandar um e-mail de última hora, e estes equipamentos foram bastante úteis. A estante de livros também possui muita história: vários professores doaram o material ali disponível. Assim, descobri muito sobre os professores aposentados. Além do mais, ela possui periódicos antigos de História, Arqueologia, Sociologia. Considero importante este tipo de acervo. Por fim, o LABORHIS marcou positivamente a minha graduação, teve um papel fundamental no meu entrosamento com meus colegas e no conhecimento da história de meu curso. Pode não ter cumprido o papel para o qual foi inicialmente designado, porém, nem por isso teve uma função menos importante para mim”.
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José Inaldo Chaves (Professor Adjunto da UnB)
”O Laborhis, do Departamento de História da UFPB, fez parte de meu cotidiano estudantil e de minha formação profissional. Fui aluno do curso de História entre os anos de 2007 e 2010, e era um frequentador assíduo do Laboratório. Como monitor das disciplinas de Introdução aos Estudos Históricos e Teoria da História I, à época ministradas por Eduardo Henrique Guimarães, costumava reunir por lá com os alunos para tardes de conversas e estudos. Compartilhávamos sobretudo as muitas dúvidas acerca do “fazer historiográfico’, quando éramos todos ainda “iniciados às artes de Clio’. Eram momentos para a leitura coletiva de clássicos como Herder, Ranke, Dilthey, Croce, Colingwood, Bloch, Febvre, Certeau e muitos outros/as. Porém, o Laborhis também teve um papel fundamental na minha construção como pesquisador, pois foi lá que realizei o primeiro contato com as fontes que definiriam meu percurso como historiador – os papéis do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), digitalizados pelo Projeto Resgate Barão do Rio Branco. Tendo a apresentação de Acácio José Lopes Catarino, que coordenava o Laborhis e orientava meu TCC, adentrei aos “mundos’ da Paraíba e do Nordeste coloniais e nunca mais saí. Lembro também de um marcante projeto de Iniciação à Docência, coordenado por Damião de Lima, em que discutíamos o ensino de História e o livro didático. Um grupo composto por mim e pelos amigos/colegas da Licenciatura em História Matheus Guimarães e Aline Guerra, sob a coordenação do professor Damião, se encontrava frequentemente no Laboratório. Como espaço de iniciação científica e formação docente, o Laborhis foi decisivo em minha vida acadêmica e ajudou a definir o professor que hoje sou. Por tudo isso sou profundamente grato. Vida longa ao Laborhis!”