Nasceu em 1938 na Bélgica onde se formou como teólogo (PH.D. em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina). No Brasil desde 1973, tornou-se antropólogo (Museu Nacional do Rio de Janeiro) e fotógrafo, convivendo com as comunidades Kamayurá (Alto Xingu, MT) e Urubu-Ka´apor (Maranhão). Convidado em 1984 para implantar com outros colegas o Programa de Pós-Graduação em Multimeios na Unicamp, interessou-se de modo amplo pelas imagens, daquelas presentes nas narrativas míticas às que são produzidas pelas novas tecnologias. Enquanto se esforçava para fazer da Antropologia uma ciência não só de palavras, acabou por aproximá-la da comunicação visual e da arte. É, hoje, professor titular aposentado do Instituto de Artes da UNICAMP. Entre outros trabalhos, publicou o livro Moroneta Kamayurá (1991), organizou O Fotográfico (2005) e Como pensam as imagens (2012). Atualmente se dedica juntamente com Françoise Biernaux, a projetos artísticos e ao estudo da obra de Georges Didi-Huberman. Ele gosta de lembrar que, parodiando Gregory Bateson, um dos seus mestres: “Devemos deixar os dados da existência trabalharem nossas ideias, e não nossas ideias trabalharem os dados da vida”.