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O TRADUTOR E A TRADUÇÃO EM HISTÓRIA
THE TRANSLATOR AND TRANSLATION IN HISTORY
Marcia A. P. Martins
PUC-Rio
martins@domain.com.br
http://lattes.cnpq.br/1180250846239863
Cristina Carneiro Rodrigues
UNESP – S. José do Rio Preto
cristina.rodrigues@unesp.br
http://lattes.cnpq.br/5321855741895126
Andréia Guerini
UFSC
andreia.guerini@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/1962473391601725
Idiomas de trabalho | Work languages: Português, English
Resumo: Este Simpósio acolherá trabalhos inéditos com ênfase em aspectos metodológicos e teóricos, bem como estudos de caso, voltados para estudos historiográficos sobre a tradução no Brasil e/ou outros sistemas culturais. Nas últimas décadas manifestou-se um interesse cada vez maior pela história e historiografia da tradução, campo que está se consolidando no Brasil, como atestam números temáticos de periódicos e a sua presença constante em congressos e eventos afins. Como já havia observado Judith Woodsworth em 1995: “O interesse pela história da tradução tem crescido nos últimos anos. Sobretudo a partir dos anos 1980, os estudiosos da tradução se conscientizaram da importância da pesquisa história e começaram a definir métodos e modelos teóricos adequados para a nova subdisciplina” (p. 9). O escopo desse tema de pesquisa é tão amplo que podemos segmentá-lo ou organizá-lo em diferentes vertentes e a partir de diferentes perspectivas, como a que identifica três subcampos: a história da(s) prática(s), a história das teorias e a história dos tradutores. O primeiro subcampo contempla diversos gêneros de traduções e estratégias tradutórias, a partir de cortes sincrônicos ou diacrônicos: belles infidèles, traduções estrangeirizantes, imitações, adaptações etc. O subcampo da história das teorias acomoda conceitos de tradução, discursos sobre a tradução e critérios para avaliação e crítica de traduções em diferentes momentos e lugares. Por sua vez, o subcampo da história dos tradutores atende à convocação de Andrew Chesterman, entre outros estudiosos, para dar mais destaque ao principal agente da tradução, cuja importância justifica a criação de uma subárea dos Estudos da Tradução à qual ele denomina Estudos do Tradutor. A respeito desse objeto de estudo específico, o tradutor, há infinitas questões a serem estudadas, como elenca Chesterman (2014, p. 37): (i) o estatuto de diferentes tipos de tradutores em culturas distintas, a remuneração, condições de trabalho, modelos e hábitos do tradutor, organizações profissionais, sistemas de acreditação, redes de tradutores, direitos autorais e assim por diante; (ii) questões relativas a gênero e orientação sexual, relações de poder, e como esses fatores afetam o trabalho e as atitudes do tradutor; (iii) a imagem pública da profissão de tradutor, representado, por exemplo, na imprensa, ou em obras literárias em que um dos personagens centrais é um tradutor ou intérprete; (iv) a pesquisa sobre as atitudes dos tradutores em relação ao seu trabalho, como revelado em ensaios, entrevistas, prefácios e notas de tradutores etc.; e (v) o amplo campo de ideologias dos tradutores e da ética da tradução.
REFERÊNCIAS
CHESTERMAN, Andrew. O nome e a natureza dos Estudos do Tradutor. Trad. Patrícia Rodrigues Costa; Rodrigo D’Avila Braga Silva. Belas Infiéis, v. 3, n. 2, p. 33-42, 2014.
WOODSWORTH, Judith. Teaching the history of translation. In: Dollerup, Cay; Appel, Vibeke. Teaching translation and interpreting 3: New horizons. Papers from the Third Language International Conference, Elsinore, Denmark, 9-11 June 1995. Amsterdam: John Benjamins, 1995. p. 9-17.
Palavras-chave: História e historiografia da tradução, História e historiografia da tradução no Brasil, História e historiografia dos tradutores
Abstract: This symposium welcomes unpublished research papers focusing on methodological and theoretical aspects, as well as case studies, on translation in Brazil and/or other cultural systems from a historical perspective. In the last few decades interest has been growing in translation history and historiography, a field that is being firmly established in Brazil, as attested by theme issues of journals and its presence as a thematic area in academic conferences. As Judith Woodsworth pointed out in 1995, “Interest in the history of translation has grown in recent years. Since the 1980s, in particular, translation scholars have been aware of the importance of historical research and have begun to define appropriate methods and theoretical models for the new subdiscipline” (p. 9). This is such a wide-ranging area that it can be segmented or organized in different branches or perspectives, such as one that identifies three subfields: the history of practices, the history of theories, and the history of translators. The first subfield includes the most varied types of translated texts and translation strategies, according to synchronic or diachronic criteria: belles infidèles, foreignizing translation, imitation, adaptation, and so on. The history of theories includes concepts of translation, statements on translation, evaluation criteria and translation criticism in different times and places. The history of translators, in turn, meets the call of Andrew Chesterman and others for greater emphasis on the main agent of translation, whose relevance justifies the creation of a sub-area in Translation Studies, which he names Translator Studies. Chesterman (2017, p. 326) observes that there are innumerable topics to be investigated in this field: (i) the status of (different kinds of) translators in different cultures, rates of pay, working conditions, role models and the translator’s habitus, professional organizations, accreditation systems, translators’ networks, copyright, and so on; (ii) questions relating to gender and sexual orientation, and power relations, and how these factors affect a translator’s work and attitudes; (iii) the public image of the translator’s profession, as seen e.g. in the press, or in literary works in which one of the central characters is a translator or interpreter; (iv) research on translators’ attitudes to their work, as revealed in essays, interviews, translators’ prefaces and notes, etc.; and (v) the wide field of translators’ ideologies and translation ethics.
WORKS CITED
Chesterman, Andrew. “The name and nature of Translator Studies” (2009). In Reflections on Translation Theory. Selected Papers 1993-2014. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, 2017, pp. 323-329.
Woodsworth, Judith. “Teaching the history of translation”. In Teaching translation and interpreting 3: New horizons, edited by Cay Dollerup and Vibeke Appel. Papers from the Third Language International Conference, Elsinore, Denmark, 9-11 June 1995. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, 1995, pp. 9-17.
Keywords: History and historiography of translation, History and historiography of translation in Brazil, History and historiography of translators
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