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A Tradução no Ensino de Línguas Estrangeiras
Translation in language teaching

Maria Cristina Reckziegel Guedes Evangelista
Unesp-Araraquara
maria-cristina.evangelista@unesp.br
http://lattes.cnpq.br/8799443212169418

Valdecy de Oliveira Pontes
UFC
valdecy.pontes@ufc.br
http://lattes.cnpq.br/0958944549142686

Idiomas de trabalho | Work languages:  Português

Resumo: A tradução de textos escritos e o estudo da gramática, explicada por meio da língua materna dos aprendizes, constituíram pontos centrais do ensino de línguas estrangeiras aproximadamente até o final do século XIX, em uma abordagem conhecida como o método Gramática-Tradução (CORRÊA, 2014). Mudando-se o foco da aprendizagem de línguas estrangeiras para a oralidade, posições contrárias ao uso da língua materna e da tradução deram origem a métodos que propuseram sua completa exclusão da sala de aula e de materiais didáticos (CORRÊA, 2014). A partir dos anos 70, no período da abordagem Comunicativa, que tem uma visão funcional e pragmática do uso da língua, foram observadas mudanças nesse posicionamento contrário à tradução (WIDDOWSON, 1979). Com os avanços da didática de ensino de línguas e da didática da tradução, foi possível uma articulação entre essas áreas, o que proporcionou a reabilitação do uso da tradução em sala de aula, considerando suas potencialidades como recurso didático para o ensino-aprendizado de línguas estrangeiras (ARRIBA GARCÍA, 1996; HURTADO ALBIR, 2001, 2009, 2011; BOHUNOVSKY, 2011). Assumindo-se que a tradução é inerente ao processo de aprendizagem e que pode ser empregada como um recurso didático, essa passa a ter uma posição relevante no ensino de línguas estrangeiras e não somente nos cursos de formação de tradutores (PYM et al, 2013). Além da reflexão sobre tópicos linguísticos da língua estrangeira e da língua materna, a tradução possibilita aproximações com aspectos culturais.  Devido a tais mudanças no modo de compreender a tradução nesse âmbito, discussões pró e contra seu uso deram lugar ao estudo de concepções teórico-metodológicas que sustentem novas formas para sua utilização, sem necessariamente retomar modalidades de tradução como a interlinear ou a literal. Apesar dos muitos estudos já realizados, há pouca clareza no meio acadêmico e nas escolas, entre professores e aprendizes, sobre os papéis que podem ser atribuídos à tradução no ensino de línguas e sobre como utilizá-la. Este simpósio tem como objetivos discutir pesquisas voltadas para questões como as diferenças entre tradução profissional e tradução pedagógica e entre a tradução como recurso metodológico no ensino de línguas e a didática da tradução, etc. Também, serão bem-vindas propostas didáticas que apontem possibilidades de integração de atividades de tradução com outros recursos metodológicos, assim como sugestões para sua inclusão em materiais didáticos. Para contribuir ainda mais para a compreensão das questões a serem discutidas neste simpósio, entendemos que também são necessárias pesquisas que aproximem as teorias de tradução à área de ensino de línguas estrangeiras.

Palavras-chave: Tradução, Ensino de línguas estrangeiras, Propostas e materiais didáticos

Abstract: A tradução de textos escritos e o estudo da gramática, explicada por meio da língua materna dos aprendizes, constituíram pontos centrais do ensino de línguas estrangeiras aproximadamente até o final do século XIX, em uma abordagem conhecida como o método Gramática-Tradução (CORRÊA, 2014). Mudando-se o foco da aprendizagem de línguas estrangeiras para a oralidade, posições contrárias ao uso da língua materna e da tradução deram origem a métodos que propuseram sua completa exclusão da sala de aula e de materiais didáticos (CORRÊA, 2014). A partir dos anos 70, no período da abordagem Comunicativa, que tem uma visão funcional e pragmática do uso da língua, foram observadas mudanças nesse posicionamento contrário à tradução (WIDDOWSON, 1979). Com os avanços da didática de ensino de línguas e da didática da tradução, foi possível uma articulação entre essas áreas, o que proporcionou a reabilitação do uso da tradução em sala de aula, considerando suas potencialidades como recurso didático para o ensino-aprendizado de línguas estrangeiras (ARRIBA GARCÍA, 1996; HURTADO ALBIR, 2001, 2009, 2011; BOHUNOVSKY, 2011). Assumindo-se que a tradução é inerente ao processo de aprendizagem e que pode ser empregada como um recurso didático, essa passa a ter uma posição relevante no ensino de línguas estrangeiras e não somente nos cursos de formação de tradutores (PYM et al, 2013). Além da reflexão sobre tópicos linguísticos da língua estrangeira e da língua materna, a tradução possibilita aproximações com aspectos culturais.  Devido a tais mudanças no modo de compreender a tradução nesse âmbito, discussões pró e contra seu uso deram lugar ao estudo de concepções teórico-metodológicas que sustentem novas formas para sua utilização, sem necessariamente retomar modalidades de tradução como a interlinear ou a literal. Apesar dos muitos estudos já realizados, há pouca clareza no meio acadêmico e nas escolas, entre professores e aprendizes, sobre os papéis que podem ser atribuídos à tradução no ensino de línguas e sobre como utilizá-la. Este simpósio tem como objetivos discutir pesquisas voltadas para questões como as diferenças entre tradução profissional e tradução pedagógica e entre a tradução como recurso metodológico no ensino de línguas e a didática da tradução, etc. Também, serão bem-vindas propostas didáticas que apontem possibilidades de integração de atividades de tradução com outros recursos metodológicos, assim como sugestões para sua inclusão em materiais didáticos. Para contribuir ainda mais para a compreensão das questões a serem discutidas neste simpósio, entendemos que também são necessárias pesquisas que aproximem as teorias de tradução à área de ensino de línguas estrangeiras.

Keywords: Translation, Foreign language teaching, Teaching proposals and materials


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