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Semana de Letras 2018 - GTs

por cirineustein publicado 17/06/2018 15h15, última modificação 16/08/2018 14h10

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Propostas de Grupos Temáticos (GTs)

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 Formação Pedagógica
GTTítulo
01 Aquisição e práticas de linguagem 
02 Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura  e  formação para (na) docência
03 Experiências de formação de professores de línguas
04 La influencia de los fenómenos extralingüísticos en la elección de la variedad lingüística del Español
05 Língua, literatura e ensino de espanhol
06 Linguagens em interação: contribuições da teoria dialógica para o ensino de línguas
07 O ensino-aprendizagem de linguas estrangeiras dentro de uma perspectiva linguístico-cultural

 

Gêneros, Identidades
GTTítulo
08 Literatura e autoria feminina

 

Inclusão
GTTítulo
09 Formação de professores de línguas e educação inclusiva: práticas, desafios e perspectivas
10 Formação e práticas docentes em contextos de inclusão
11 Língua e literatura da comunidade surda brasileira
12 O ensino de língua e outros conteúdos escolares ao surdo: o sentido das imagens em foco

 

Língua e Linguística
GTTítulo
13 A mente humana e o processamento linguístico: interfaces
14 Pêcheux, Foucault e Courtine na análise das discursividades contemporâneas
15 Semântica e Pragmática
16 Sintaxe: abordagens, descrição e aplicação

 

Literatura
GTTítulo
17 A poesia paraibana contemporânea: produção, circulação e recepção
18 Análise dialógica do discurso estético – poesia, pintura e outros gêneros
19 Épica greco-latina e suas repercussões na Literatura do Ocidente
20 Literatura hispânica: estudos atemporais
21 Poesia brasileira: abordagens teóricas e críticas

 

Descrição dos GTs

Formação Pedagógica

GTTítuloResumoContato
01 Aquisição e práticas de linguagem  O objetivo do GT é discutir pesquisas que contemplem a entrada da criança nas linguagens oral, escrita e gestual, tendo por pressupostos a multimodalidade e os multiletramentos, que se norteiam pela perspectiva interacional. Dessa forma, espera-se congregar trabalhos que reflitam sobre a aquisição da linguagem em suas distintas modalidades e debatam práticas que destaquem seus usos e funções sociais. Naturalmente, as metodologias serão diferenciadas contemplando os diversos objetivos e recortes pesquisados. O GT será uma oportunidade para refletir sobre percursos já construídos e vislumbrar novos caminhos para a pesquisa sobre o campo da aquisição em suas áreas de atuação.

Evangelina Maria Brito de Faria e Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante

evangelinab.faria@gmail.com

02 Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura  e  formação para (na) docência A partir da pesquisa iniciada em relatórios de Estágio Supervisionado pelo Grupo de Estágio Ensino e Formação Docente (GEEF) levantou-se a proeminente necessidade de discutir a formação inicial e continuada de professores, visto que ao longo dos quase cinco anos de pesquisa sobre formação para o magistério tem-se levantado muitos questionamentos sobre o formar(-se) professor principalmente de língua e literatura. Muitos desses questionamentos advêm, quase sempre, do formato como as licenciaturas (MELLO, 2002) estão organizadas; outras vezes das realidades vivenciadas no campo de Estágio (RODRIGUES, 2009); outras das questões históricas e sociais que envolvem formar o (um) professor; ou mesmo da compreensão de que o trabalho docente  advém única exclusivamente de ter um outro professor como modelo (ARROYO, 2013), dispensando o estudo e a reorganização do fazer pedagógico a cada situação de ensino e aprendizagem. É voltando-se para a realidade ora posta que o presente Grupo de Trabalho (GT) pretende discutir questões relativas à formação do professor, sobretudo, as questões concernentes ao componente curricular Estágio Supervisionado nas licenciaturas e as interlocuções com o campo em que esse estágio acontece, bem como o impacto que tem as formações inicial e continuada no ensino e aprendizagem de licenciandos, professores e na comunidade escolar como um todo. Neste sentido, este GT abriga trabalhos que versem sobre formação docente, ensino de língua e literatura, sobre experiências com Estágios Supervisionado, sobre a docência nos diversos níveis de ensino e sobre os cursos de licenciatura de modo geral. 

Eliana Vasconcelos da Silva Esvael, Alyere Silva Farias e Josete Marinho de Lucena

maxiel@uol.com.br

03

Experiências de formação de professores de línguas A formação de professores de línguas, durante anos, voltou-se para a questão da competência linguística e desenvolvimento de habilidades/estratégias de ensino, deixando à margem aspectos relativos à constituição dos sujeitos, à sua relação com os outros, aos contextos de trabalho (GIL; HERNÁNDEZ-HERNÁNDEZ, 2016) e à mobilização e constituição de saberes (TARDIFF; RAYMOND, 2000). Assim, este Grupo de Trabalho, alicerçado na Linguística Aplicada, propõe-se a receber relatos de pesquisa ou de experiência sobre a construção de identidade docente por meio da prática de sala de aula em diversos contextos, tais como: atividades curriculares desenvolvidas no âmbito da graduação e práticas advindas de projetos de Extensão, Pibid, PROLICEN, dentre outros. Este grupo tem como intuito criar um espaço para compartilhar experiências sobre o fazer docente e contribuir para a tomada de consciência de si e do mundo, desenvolvendo formas de reflexão que possam resultar em autonomia de professores em formação. Entendendo que o processo de construção de identidade é sempre plural e leva em conta o outro, neste Grupo de Trabalho também serão bem-vindos trabalhos de professores formadores e supervisores que tenham relação com sua atuação junto aos professores em formação inicial e com as novas exigências em que esse processo implica, de forma a enriquecer o diálogo.

Barbara Cabral Ferreira, Barthyra Cabral Vieira de Andrade e Jailine Mayara Sousa de Farias

jailine.farias@gmail.com

04

La influencia de los fenómenos extralingüísticos en la elección de la variedad lingüística del español

Este GT visa discutir sobre los valores relacionados a la estandarización de la lengua española frente a su legítima variedad lingüística. Su objetivo es promover la reflexión sobre los aspectos gramaticales, fenómenos fonético-fonológicos, morfosintácticos y semánticos variables utilizados en diversos contextos de uso, tanto en las modalidades orales como escritas del español. Las discusiones y reflexiones pueden basarse en las investigaciones empíricas de las teorías variacionistas, principalmente de la sociolingüística y de la dialectología. De esta manera, nuestro objetivo es debatir sobre las variaciones, con vistas a colaborar con la formación lingüística de profesores y aprendices de español. En este sentido, enfatizamos fenómenos gramaticales en uso, o sea, dentro de un contexto social, ya que consideramos los aspectos extralingüísticos como edad, sexo, clase social, nivel de escolaridad, situación de habla y región de origen como factores cruciales en el momento de elegir una u otra variedad. Así, proponemos una comunicación que respete los fenómenos lingüísticos dentro de una sociedad que influye en la elección por una variación específica, considerando una multitud de factores que pueden haber influido en la fonética, la morfología, la sintaxis y el léxico como diferencias de clima, diferencias regionales, los contactos con diferentes lenguas indígenas, diferentes grados de cultura y el mayor o menor aislamiento a un asentamiento.

Tatiana Maranhão de Castedo

tatimaranhao@hotmail.com

Eneida Maria Gurgel de Araújo

05 Língua, literatura e ensino de espanhol O objetivo deste Grupo de Trabalho é fomentar discussões teóricas e analíticas sobre língua, literatura e ensino e aprendizagem de espanhol como língua estrangeira. Em função desse objetivo este grupo de trabalho pretende ser um espaço de reflexão do trabalho docente e da atual situação do ensino da língua espanhola no Brasil, e de pesquisas sobre a descrição e funcionamento de línguas do universo hispânico, estudos discursivos e textuais, multiletramentos no ensino de ELE,  educação linguística em línguas do universo hispânico, novas abordagens da literatura no ensino de ELE, literaturas e educação linguística, práticas pedagógicas em diferentes espaços educativos, políticas linguísticas, formação docente,  literaturas de línguas do universo hispânico: poéticas, história e crítica, culturas do universo hispânico, relações da cultura brasileira com a comunidade cultural hispânica, mundo globalizado e as variedades do espanhol, ensino de espanhol para fins específicos, literaturas do universo hispânico e outras literaturas, a tradução como mediação cultural e o ensino de língua espanhola a distância. 

Ruth Marcela Bown Cuello

marcela@bown.cl

06

Linguagens em interação: contribuições da teoria dialógica para o ensino de línguas

Neste GT propomos como estudo o ensino de línguas fundamentado pela Teoria Dialógica da Linguagem, orientado pela importância de reflexões sobre elementos verbais, extra-verbais e estilísticos para capacitação do sujeito em experiências no ambiente escolar. Concordamos com Bakhtin (2013) para quem o ensino da gramática deve ser realizado estabelecendo-se uma relação entre o procedimento metodológico e a perspectiva dialógica da linguagem. Para este, “as formas gramaticais não podem ser estudadas sem que se leve sempre em conta seu significado estilístico. E o que propõe a estilística bakhtiniana ao ensino de línguas?” “Ajudar os alunos a entender o que muda quando escolho esta ou aquela palavra, esta construção sintática em lugar de outra” (BAKHTIN, 2013, p. 14). Nesse sentido, sugerimos um ensino de gramática pautado no Estilo, e como este pode contribuir para melhoria no ensino-aprendizagem de leituras dialógicas no ensino básico. Pautamo-nos pelos estudos da linguagem de Bakhtin (1992) e o Círculo e de Almeida (2008/ 2011/2013), que desenvolvem uma experiência de ensino com base na estilística e no ponto de vista dos participantes. Como resultado, desejamos contribuir com reflexões que fomentam discussões sobre a relação entre teorias do discurso e o contemporâneo ensino de gramática, na expectativa de formar professores e alunos mais críticos e reflexivos, privilegiando a expressão de seus pontos de vista - eis o que define a prática de ensino dialógico, que politiza, que emancipa, que oportuniza a promoção de competências leitoras no processo interativo da sala de aula.

Maria de Fátima Almeida

falmed@uol.com.br

07 O ensino-aprendizagem de linguas estrangeiras dentro de uma perspectiva linguístico-cultural Face às constantes transformações ocorridas na sociedade, a educação deve buscar atender às demandas atuais dos componentes da comunidade escolar e assumir seu papel enquanto agente de transformação em meio às dificuldades encontradas por educadores e educandos, sobretudo em um momento onde existem mais dúvidas que certezas nos âmbitos econômico, social e educacional. Professores, gestores e alunos não podem estar alheios a tais mudanças, assim como os profissionais do ensino das ‘Línguas Estrangeiras’ (LEs), uma vez que esta é parte essencial da formação do aluno enquanto ser social e crítico. Quando alunos e professores estão devidamente envolvidos no processo de ensino-aprendizagem da LE, o aprendente pode desenvolver competências além da apreensão léxica da língua, tal como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Língua Estrangeira (1998). Realmente, deve-se desenvolver aptidões essenciais nos membros do processo de ensino-aprendizagem para que sejam sensibilizados aos aspectos culturais da língua-cultura alvo, o que poderia levá-los a uma apreciação menos subjetiva dos valores, costumes e práticas relativos à sua própria cultura e, também, em relação à língua-cultura do Outro. Dentro de um trabalho contrastivo entre as culturas nacionais e transnacionais presentes na sala de aula, o professor poderia desenvolver uma melhor compreensão da relatividade inerente a todo ser social, promovendo uma descoberta intercultural e, também, uma relativização da relação de cada membro da comunidade da sala de aula, com a sua cultura materna e com a cultura do Outro. Este processo de descobertas recíprocas poderia também favorecer a (re)descoberta da identidade individual, regional e nacional dos diferentes parceiros do processo de ensino-aprendizagem. Trabalhar com o linguístico-cultural leva o professor a tratar a língua como uma das expressões da cultura e, também, a focar o ensino na cultura gramatical e em uma competência sociocultural que significaria saber se comportar com a língua do Outro, trazendo esta descoberta para o Outro que reside em cada ser social. A nosso ver, este processo permitiria um trabalho linguístico-cultural que privilegie o ser total, promovendo uma descoberta recíproca das diferenças e dos pontos culturais comuns a pessoas de culturas consideradas diferentes. Como apoio teórico situamo-nos na Didática das Línguas Estrangeiras, na antropologia cultural, nas ciências da educação, na psicologia social, na sociolinguística interacional, na literatura e demais expressões artísticas... dentro de uma transversalidade necessária ao processo de ensino-aprendizagem de línguas.

Karina Chianca Venâncio e Rosalina Maria Sales Chianca

kachianca@yahoo.fr

 

Gêneros e Identidades

GTTítuloResumoContato
08 Literatura e autoria feminina O volume de estudos em torno da temática da mulher vem ganhando, ao longo dos anos, um espaço de destaque na academia, assim como se tornou permanente foco de discussão nas mídias sociais e televisivas. A mulher hoje protagoniza uma revolução de mudança de modos e comportamentos sociais que quebra padrões patriarcais desde muito estigmatizados em seu corpo, em sua fala, em suas escolhas. As mudanças graduais são notadas nas ruas, nas produções cinematográficas, nas novelas e, sobretudo, na literatura. Nomes como Conceição Evaristo, Elvira Vigna, Maria Valéria Rezende, Adélia Prado, Alice Munro, Margaret Atwood, Octavia Butler, Charlotte Perkins Gilman, Lauren Oliver, saem do espaço do lar, da dona de casa, da freira enclausurada, da prostituta, da idosa que não representa mais socialmente e ocupam um lugar legitimado pela mulher que vive e aplica no papel suas escrevivências, assim como também desafiam as regras estabelecidas diante de suas, uma vez postuladas como falhas, potencialidades intelectuais. Através da palavra as escritoras se colocam diante do mundo e abrem portas para a expressão do que é ser mulher e viver enquanto fêmea no nosso contexto ainda tão misógino. Partindo disto, este GT aceita trabalhos que englobem discussões sobre a mulher e sua relação com os limites do patriarcalismo, assim como seu posicionamento enquanto sujeito, discussões diante do devir-mulher, enfrentamentos sociais, críticas sobre inter-relações de poder, em textos de autoria feminina com análises que incitem o diálogo sobre o papel, representação e posição de desafio da mulher nas artes. 

Janile Pequeno Soares e Paloma do Nascimento Oliveira

janile_soares@yahoo.com

 

Inclusão

GTTítuloResumoContato
09

Formação de professores de línguas e educação inclusiva: práticas, desafios e perspectivas

Muitas pesquisas nos últimos anos no campo da formação de professores de línguas têm evidenciado a necessidade de ampliar os espaços de discussão sobre a inclusão escolar. Essa demanda tem se tornado ainda mais premente devido à publicação da Lei Brasileira de Inclusão (2015) e, mais recentemente, da Base Nacional Curricular Comum (2017). A despeito da proposta de inclusão escolar defendida nesses documentos, há, ainda, uma lacuna curricular na formação docente no que concerne a conteúdos que contemplem a escola na sua singularidade e diversidade. Trabalhar tais conteúdos significa formar professores que estejam preparados para analisar contextos escolares específicos e implementar práticas mais inclusivas em suas salas de aula. Entendemos que um professor em formação que pensa, discute e vivencia contextos escolares inclusivos terá condições, na sua futura atuação como profissional do ensino, de (re)criar, (re)organizar e transformar sua sala de aula. É nesse sentido que objetivamos reunir neste GT alunos de graduação, de pós-graduação e professores interessados no tema, e cujas pesquisas – concluídas ou em andamento – discutam experiências de formação de professores de línguas, práticas inclusivas e de acessibilidade pedagógica na Educação Básica e no Ensino Superior. Acreditamos que o espaço promoverá, não apenas o intercâmbio de ideias, mas a construção de novos saberes sobre a formação de professores e inclusão escolar. Em uma perspectiva transdisciplinar, esperamos congregar trabalhos que contemplem referenciais teóricos distintos no campo da Educação, da Linguística, das Neurociências e da Psicopedagogia.

Angélica Araújo de Melo Maia e Betânia Passos Medrado

betamedrado@gmail.com

10 Formação e práticas docentes em contextos de inclusão Este Grupo de Trabalhos (GT) busca acolher propostas de pesquisas e relatos de experiência que se vinculem à temática de formação docente inicial e continuada no âmbito da Educação Inclusiva (BRASIL, 2007; MANTOAN, 2015; MEDRADO, 2016, entre outros). Interessam-nos trabalhos que contemplem discussões teórico-metodológicas de questões inclusivas, envolvendo desde aspectos relacionados a políticas públicas às práticas cotidianas vivenciadas por professores que trabalhem com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos de aprendizagem e/ou altas habilidades em contextos de educação regular ou especializada. Os trabalhos poderão estar vinculados a ações extensionistas e de pesquisa científica (graduação, mestrado ou doutorado), além de contextos vivenciais de professores e professores-estagiários da Educação Básica.

Walison Paulino de Araújo Costa, Mariana Pérez Gonçalves da Silva e Rosycléa Dantas Silva

walliecoast@yahoo.com.br

11

Língua e literatura da comunidade surda brasileira

Historicamente, o evidente aumento das reações literárias na comunidade surda brasileira está diretamente ligado ao reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais por meio de um aparato legal (Lei 10.436\02 regulamentada pelo Decreto 5.626\05), que garante as expressões culturais dos surdos na sua língua natural. Sendo assim, atualmente há um vasto campo a ser estudado, com registros sinalizados e escritos de várias obras literárias, pertencentes a diferentes gêneros, produzidas por autores surdos e demais integrantes desta comunidade linguística. Neste grupo de trabalho buscamos aproximações teóricas entre os estudos culturais, linguísticos e literários que dialogam com a realidade da comunidade surda. Subjacente a esta discussão os trabalhos submetidos devem apresentar dados de estudos qualitativos e quantitativos que abordem sobre: o ensino da Libras e da Literatura para surdos; as especificidades linguísticas da Libras; os gêneros textuais e literários desta língua visuo-espacial com registros na modalidade sinalizada ou escrita; a Literatura Surda, que agrega as produções literárias de surdos criadas e adaptadas (recriações com elementos culturais próprios); a Literatura em Libras, que consiste nas obras literárias traduzidas por surdos ou ouvintes fluentes; e por fim, a verificação da presença de elementos nestas produções literárias que refletem a identidade cultural surda, suas crenças, costumes e fatos históricos importantes, para esta comunidade linguística minoritária, denominada de comunidade surda brasileira.

Janaína Aguiar Peixoto

 

literaturaeculturasurda

@gmail.com

12 O ensino de língua e outros conteúdos escolares ao surdo: o sentido das imagens em foco Este GT trata de questões de surdez e ensino. A temática Libras (Língua Brasileira de Sinais) em meio educacional traz à tona diversas implicações, dentre elas: as metodologias e ferramentas de ensino de língua portuguesa, Língua de Sinais e demais conteúdos escolares. Ao se pensar em ensino para surdos há de se considerar a cultura na qual esse sujeito se insere e a sua condição de bilíngue. A partir da experiência visual do surdo, em ambiente de sala de aula, pensamos que adequa-se à metodologia empregada com o surdo a significação mediada por representações imagéticas e narrativas visuais. A partir da cultura linguística do surdo, pensamos que o ensino de Libras e língua portuguesa possuem especificidades para esse grupo. A partir de Bakhtin entende-se que a significação acontece por meio da partilha entre as pessoas e nesse aspecto a cultura tem papel importante. Concebendo a significação como sentidos produzidos pelos sujeitos ao ler o mundo é de extrema importância a utilização de imagens produtoras de sentidos para contextos de sala de aula. Sendo assim, este GT comporta trabalhos que versem sobre usos de recursos imagéticos como produtores de sentido no ensino de diversos conteúdos escolares, no ensino de Libras e de Língua Portuguesa para o surdo.

Edneia de Oliveira Alves

edneiaalvesufpb@gmail.com

 

Língua e Linguística

GTTítuloResumoContato
13

A mente humana e o processamento linguístico: interfaces

As pessoas quando leem ou ouvem uma língua, desde muito cedo, automaticamente processam as informações linguísticas dessa língua. Por isso, compreender como se dá esse processo de compreensão em termos mentais e cerebrais pode ajudar não só no entendimento da mente humana, como também permite que outras áreas de interface sejam beneficiadas, como a Educação com questões de ensino e aprendizagem de língua materna e de língua estrangeira, e a Saúde com diagnóstico e intervenção relacionados a patologias e déficits de linguagem, observando os vários níveis linguísticos (fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático). Baseado nisso, o objetivo central do GT é poder divulgar, refletir e discutir trabalhos em processamento linguístico, prioritariamente de cunho experimental, que são executados pelos pesquisadores e alunos do LAPROL - Laboratório de Processamento Linguístico e por pesquisadores que se debrucem sobre esse tema direta ou indiretamente na UFPB.

José Ferrari Neto

joseferrarin@ibest.com.br

14 Pêcheux, Foucault e Courtine na análise das discursividades contemporâneas Atualmente, os estudos do discurso estão pautados em uma infinidade de perspectivas teóricas, entre as quais se pode mapear uma série de convergências e divergências. Entre as convergências, poderíamos citar, por exemplo, a proposta de oposição ao paradigma estrutural. Entre as divergências, teríamos os conceitos elaborados por cada perspectiva, a começar pelo próprio conceito de discurso, que sofre deslocamentos a depender da perspectiva adotada. Neste cenário, este Grupo de Trabalho tem por objetivo congregar trabalhos que derivem daquilo que se convencionou chamar de Escola Francesa de Análise do Discurso. Mais especificamente, nosso interesse estará voltado às pesquisas que decorrem de autores como Michel Pêcheux, Michel Foucault e Jean-Jacques Courtine, considerando: a) os conceitos fundantes e basilares da disciplina propostos por Michel Pêcheux; b) a perspectiva arqueológica, bem como as relações entre saber e poder apresentadas por Michel Foucault e, por fim; c) as atuais discussões empreendidas por Jean-Jacques Courtine acerca das imagens e do corpo. Assim sendo, a proposta do Grupo de Trabalho não se pauta, necessariamente, em torno de um único tema, mas em torno de uma perspectiva teórico-metodológica que abarca as aproximações e os distanciamentos entre os autores supracitados no interior dos estudos do discurso. Assim, tendo em vista a aplicabilidade analítica dessas alianças, o intuito é fazer trabalhar uma metodologia que não perca de vista a constituição histórica dos discursos em suas mais diversas durações e que, ao mesmo tempo, faça valer a composição sincrética dos enunciados com os quais nos deparamos contemporaneamente.

Amanda Braga e Edjane Gomes de Assis

braga.ufpb@hotmail.com

15 Semântica e Pragmática O significado, apesar de sua natureza não una de descrição, tem despertado interesse constante em professores e em outros especialistas de diversos estudos que envolvem a linguagem, a exemplo da linguística, da psicologia, da filosofia, das neurociências, da computação, do direito e das mídias. No entanto, há diversos tipos e definições de significados que servem a diferentes propósitos e objetos de investigação, desde alguns amplos e menos técnicos, alguns mais amplos e mais técnicos e até mesmo alguns mais específicos e também técnicos. Os pontos de partida ou núcleos deste grupo de trabalho são o significado linguístico e o referente aos usos linguísticos, também chamados, respectivamente, de significado semântico e significado pragmático. Deste modo, pretendemos promover uma discussão dos estudos em Semântica e em Pragmática, podendo ser estes de natureza teórica, descritiva ou aplicada. Serão aceitos trabalhos que estejam relacionados a diversas áreas como a Semântica Formal, a Semântica Cognitiva, a Semântica Enunciativa, a Semântica Argumentativa, a Semântica Lexical, a Semântica Cultural, a Semântica Computacional, tanto quanto trabalhos em teorias da pragmática, sejam estas linguísticas ou filosóficas, relacionadas às línguas naturais. Também trabalhos de interface da semântica com a pragmática e entre qualquer uma destas duas disciplinas com outras disciplinas ou abordagens, como o ensino e o processamento computacional/cognitivo, são pertinentes.

Mônica Mano Trindade Ferraz e Magdiel Medeiros Aragão Neto

monicatrin@hotmail.com

 

16 Sintaxe: abordagens, descrição e aplicação A sintaxe, seja como um componente da gramática internalizada seja como uma disciplina dos estudos da linguagem, tem sido objeto de interesse de professores e de outros especialistas da área da linguística, das neurociências, da computação e de diversos ramos do conhecimento humano. Também tem, ambiguamente, sido disciplina que desperta interesse e/ou medo em muitos alunos dos mais diferentes níveis de ensino. Como, porém, o interesse acadêmico muitas vezes resulta análises e reanálises, bem como em melhor compreensão do objeto e produção científica, é pertinente a existência de espaços abertos à apresentação e confronto de tais resultados e, também, abertos à geração de novos conhecimentos e reflexões. Assim sendo, este grupo de trabalho pretende promover discussões centradas na sintaxe, sejam elas de natureza teórica, descritiva ou aplicada. Serão aceitos trabalhos que tenham relação com alguma das diversas abordagens sintáticas como a descritiva, a gerativa e a normativa, ou qualquer outra abordagem de relevância para o atual estado de coisas deste ramo da linguística. Também são bem-vindos trabalhos de interface da sintaxe com qualquer outra disciplina da linguística a exemplo da morfologia, da semântica, da pragmática e do discurso, concomitante ou não à sua relação com ensino e o processamento computacional ou cognitivo.

Magdiel Medeiros Aragão Neto

magdiel_man@yahoo.com.br

 

Literatura

GTTítuloResumoContato
17

A poesia paraibana contemporânea: produção, circulação e recepção

Há, na Paraíba, uma produção poética extensa e de qualidade, que, com o advento da impressão digital e da internet, tem encontrado um contexto propiciador para uma maior circulação. Muitos poetas, no estado, têm usado a internet, por meio de blogs e redes sociais, para divulgar a sua literatura, bem como têm publicado em sites especializados, revistas e jornais. O suplemento cultural do Jornal A União, o Correio das Artes, revistas como a Malembe, que vai em seu quarto número, e editoras como a Escaleras, que tem à frente a escritora Débora Gil Pantaleão, são exemplos de iniciativas que, embora não se limitem à produção paraibana, têm feito circular textos de diversos escritores e escritoras do estado. Mas, por outro lado, a apreciação crítica desses textos conta, apenas, com alguns estudos isolados, a exemplo das importantes contribuições de pesquisadores como Hildeberto Barbosa Filho e Amador Ribeiro Neto. Levando-se, portanto, em consideração essas duas constatações, a de uma crescente produção e a de uma, ainda, ínfima recepção, interessa-nos dialogar sobre a poesia paraibana contemporânea de autoras e autores nascidos ou radicados no estado. São bem-vindas pesquisas voltadas para a investigação do fenômeno literário em sua ampla dimensão: produção, circulação e recepção crítica, bem como relatos de experiência ou propostas metodológicas de trabalho com a poesia paraibana na escola. Em termos de fundamentação teórica, a proposição deste grupo de trabalho tem como suporte as discussões sobre o contemporâneo a partir das pesquisas de Agamben (2009), em especial da reflexão sobre a relação singular do poeta com seu tempo, de Marcos Siscar (2016) e suas problematizações a respeito dos paradigmas críticos da poesia contemporânea, como as que aparecem em sua mais recente obra, De volta ao fim: o “fim das vanguardas” como questão da poesia contemporânea, assim como de outros críticos que se propõem a investigar a poesia brasileira contemporânea. Entre estes, citamos nomes como os de Susana Scramim, Viviana Bosi e Iumna Maria Simon.

Moama Lorena de Lacerda Marques e Raíra Costa Maia de Vasconcelos

moama@ccae.ufpb.br

18

Análise dialógica do discurso estético – poesia, pintura e outros gêneros

Bakhtin e seus interlocutores reconhecem que a linguagem, seja ela pensada como língua ou como discurso, é, portanto, essencialmente dialógica. Valemo-nos desse pressuposto como o gesto inaugural desta Sessão Temática, no vértice da discussão sobre a especificidade do discurso estético na/pela densidade dialógica do discurso científico: a arte da ciência – o pretexto teórico. As fronteiras dos vários campos de saberes parecem se entrelaçar em face à densidade e heterogeneidade dos gêneros do discurso pela materialidade do enunciado enquanto unidade real da comunicação verbal via sujeitos falantes e matizes dialógicos” (BAKHTIN, 1997, p.318). A leitura se constrói pela via da crítica e metodologia dialógicas através de recortes, montagens – o poema, o quadro, a escultura – modulados segundo processos discursivos: um diálogo em múltiplas dimensões de linguagens. Objetiva exercitar a capacidade de perceber/ ver/ ler/ compreender a repercussão poética de outras artes em que a palavra/ a imagem modula duas ou mais consciências na composição hierárquica de linguagens em interação. Delimitamos como objeto de análise discursos - poético, pictórico, escultórico, musical, na arquitetônica dos objetos estéticos: o poema, o quadro, a escultura, e outros objetos. Para compreender os mecanismos de construção da estética do olhar que enforma, dirige e dá acabamento à densidade de tons volitivo-emocionais do objeto: traços sutis de alteridade, nuanças enunciativas na dimensão do “excedente de visão” que cinzela narrativas no Grande Tempo das obras-enunciado (Bakhtin, 2011, p. 279). A mostra de leitura se reporta à perspectiva da teoria formulada por Bakhtin/Volochinov (1981), Bakhtin (1981, 1993, 1997, 1998, 2011) e seus interlocutores Brait (1994, 2001), Tezza (2003), dentre outros. Portanto, a natureza dialógica da linguagem se incorpora como um princípio prévio para orientar qualquer estudo sobre os fenômenos da linguagem na especificidade do discurso estético que se entrelaça à dialogicidade do discurso científico: a arte da ciência – o pretexto teórico, do objeto na/pela alternância de linguagens, que enunciam/põem/reenunciam/sobrepõem pensamentos sobre pensamentos, consciências sobre consciências, palavras sobre palavras, para, assim, (re)velar a natureza da dialógica da consciência e a natureza da própria vida humana (Bakhtin, 2011, p. 348) corroboradas pela vida/arte/ciência/consciência cujo discurso interroga, ouve, responde, corresponde à crítica da vida e crítica da arte: plasticidade e novidades artísticas. Enfim, a tensão criadora entre o eu-para-mim e o eu-para-o-outro que desenham alteridades. 

Maria Bernardete da Nóbrega

bernobre2009@hotmail.com

19 Épica greco-latina e suas repercussões na Literatura do Ocidente Este Grupo de Trabalho se destina a receber dois eixos de estudos: os específicos da Épica Greco-Latina dos Períodos Arcaicos, Clássicos e Pós-Clássicos, a exemplo de Homero e Virgílio, e os comparativos da Épica reelaborada em épocas posteriores, a exemplo de Camões, que, influenciada pelos modelos da Antiguidade, apresenta intertextualidade em níveis de estilo ou conteúdo. Por entender que há uma permanência do gênero épico no processo de evolução da Literatura do Ocidente, não necessariamente aos moldes aristotélicos, pretendemos fomentar estudos que reforcem os dois pilares desse pensamento: os que apresentam as bases clássicas da matéria épica e os que mostram a relação intertextual da obra derivada. Esses dois pilares formam os fundamentos imprescindíveis para o reconhecimento de uma Épica ainda em evolução, a qual se revela apenas por meio do diálogo entre essas duas bases. Dessa forma, os trabalhos podem ser de duas naturezas: os que tratam das obras da Literatura Greco-Latina, fortalecendo o trânsito cultural da produção épica da Antiguidade; e os que tratam das obras de natureza intertextual, que precisam do diálogo entre obras para atualizar a matéria épica. Com efeito, esperamos estudos que abordem e destaquem textos, trechos e fragmentos das obras escolhidas como corpus. Várias podem ser as categorias analíticas estudadas: de cunho propriamente literário, linguístico, religioso, cultural, sobretudo, na composição dos trabalhos cujo tema aborda a Épica Greco-Latina; ou de natureza mais comparativa, em uma ideia de matéria épica mais abrangente, tocando por exemplo, motivos formais e temáticos, como invocações a musas, epítetos, descrição de armas, combates, intervenções divinas, mitos etiológicos e cosmogônicos etc., em especial, na elaboração dos trabalhos comparativos, mas não a eles se restringindo. Para tal fim, pode-se fundamentar em vários teóricos, desde Aristóteles e Horácio, autores da Antiguidade; Émile Benveniste, Jean-Pierre Vernant, Thomas Martin, Jacqueline de Romilly, Maria Helena da Rocha Pereira, críticos específicos da cultura Greco-Latina; até Gérard Genette, Julia Kristeva, Emil Staiger, Anatol Rosenfeld, teóricos da Literatura Comparada e da Teria da Literatura; entre outros. 

Felipe dos Santos Almeida

felipe.classicas@gmail.com

20 Literatura hispânica: estudos atemporais Tradicionalmente, desde a escola, estamos habituados a estudar os autores e as suas criações dentro de um determinado período histórico. Essa tradicional prática restringiu o nosso olhar a umas determinadas caraterísticas, muitas vezes estereotipadas, que terminam por anular as outras muitas possibilidades de leitura crítica de algumas obras literárias que vão muito além do seu tempo ou que resgatam uns valores do passado. Este GT aceitará trabalhos que visem um olhar crítico a  obras literárias (Nas línguas oferecidas pelo DLEM) desde uma perspectiva mais aberta que possibilite uma análise diferente e ao mesmo tempo mais abrangente. No final, como aponta o professor Roberto Pontes (2015), na literatura tudo é resíduo.

Juan Ignacio Jurado Centurión Lopez

juanig@terra.com.br

21 Poesia brasileira: abordagens teóricas e críticas Este GT pretende reunir trabalhos que tratem das várias maneiras com que, nos dias de hoje, a crítica literária aborda a poesia brasileira, bem como alguns paradigmas teóricos desenvolvidos na análise dessa poesia que direcionaram algumas discussões de forte ressonância nos estudos literários. Dessa forma, objetiva-se refletir não somente as diferentes manifestações poéticas nacionais, seus significados e como expressam em sua forma as questões históricas de sua época, mas também como a recepção dessas obras se faz por uma crítica que se posiciona entre as diversas tradições hermenêuticas que fundamentaram a leitura de poesia no país. Por outro viés, o GT também contemplará as maneiras com que os estudos de historiografia literária, em um exercício de auto revisão, atualizaram e redimensionaram algumas posições, ampliando o espectro de autores e obras do cânone literário nacional. Assim, o GT também estará a trabalhos que propõe um olhar especial para obras e autores de reconhecimento crítico, que ampliaram as visões teóricas sobre a poesia, bem como aqueles que, por razões diversas, mantiveram-se fora do cânone e que precisam ser relocados na literatura brasileira. A proposta do GT é, então, reunir estudiosos de poesia que busquem uma interlocução com diferentes posições críticas e teóricas relacionadas aos estudos do texto poético nacional.

Elaine Cristina Cintra

elcintra@gmail.com